Uma Doutrina Cristã que Acaba com a Bíblia

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Introdução

A discussão sobre a Doutrina da Eminência, que afirma que a segunda vinda de Cristo pode ocorrer a qualquer momento sem sinais ou eventos prévios específicos, tem sido um tema controverso entre teólogos e estudiosos bíblicos. André Pimentel, um conhecido escritor e professor de preterismo completo, oferece uma crítica incisiva a essa doutrina em seu texto. Neste artigo, vamos explorar os principais pontos levantados por Pimentel, trazendo uma análise detalhada e esclarecedora.

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Eventos Catastróficos e Previsões Apocalípticas

Pimentel começa seu texto destacando como eventos catastróficos, como desastres naturais e mudanças climáticas, têm sido terreno fértil para o surgimento de especialistas em fim dos tempos. Ele menciona figuras como Lamartine Posella, que fizeram várias previsões que nunca se concretizaram. A crítica central é que essas previsões carecem de fundamento bíblico sólido.

Falhas nas Previsões

Um ponto recorrente na crítica de Pimentel é a falha constante dessas previsões apocalípticas. Ele cita exemplos como Edgar C. Whisenant, que previu o arrebatamento para 1988 e vendeu milhões de cópias de seu livro, apenas para revisar sua previsão para o ano seguinte após o fracasso inicial. Pimentel argumenta que esses especialistas erram por não considerarem o contexto histórico e cultural das profecias bíblicas, aplicando-as de maneira inadequada à sociedade moderna.

Desconexão com a Realidade

Pimentel aponta a tentativa de encaixar eventos modernos, como o uso de chips, em narrativas bíblicas antigas, como uma desconexão total dos escritos bíblicos com os dias de hoje. Ele ressalta que tentar interpretar guerras antigas com cavalos e flechas dentro do contexto das guerras modernas é uma abordagem equivocada que desconsidera a evolução tecnológica e cultural.

A Doutrina da Eminência

A Doutrina da Eminência é criticada por Pimentel como uma criação maldosa dentro do sistema religioso. Ele argumenta que essa doutrina não está alinhada com a literalidade textual bíblica e que trata a Bíblia de maneira fragmentada e descontextualizada. Para Pimentel, essa doutrina é uma maneira de perpetuar a ideia de um fim iminente, sem considerar o verdadeiro significado das profecias.

O Padrão Bíblico para Profecias

Pimentel enfatiza que a Bíblia apresenta um padrão claro para suas profecias, que inclui o tempo de cumprimento dessas previsões. Ele argumenta que não há na Bíblia uma profecia que dure 2 mil anos, como a que alguns aplicam à segunda vinda de Jesus. As profecias, segundo ele, precisam ser compreendidas dentro do contexto histórico em que foram dadas.

Exemplos Bíblicos de Profecias

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Para ilustrar sua argumentação, Pimentel cita Jeremias 18:7-10, onde Deus fala sobre mudar de ideia em relação a uma nação dependendo de suas ações. Ele destaca que essa profecia não está vinculada a um tempo específico e poderia ser cumprida a qualquer momento, mas que isso não se aplica aos dias de hoje, pois todas as profecias bíblicas já foram cumpridas na antiga aliança.

Profecias no Novo Testamento

No Novo Testamento, Pimentel menciona 1 João 2:18, onde João fala sobre a última hora e o surgimento de muitos anticristos. Ele argumenta que essa passagem, se fosse para qualquer tempo, deveria ter sido escrita de maneira a refletir essa iminência. No entanto, ele ressalta que João falava para os cristãos do primeiro século, não para os dias atuais.

Apocalipse e a Segunda Vinda de Cristo

Pimentel também analisa Apocalipse 22:12, onde Jesus afirma que vem sem demora. Ele critica a aplicação dessa passagem aos dias de hoje, afirmando que o contexto histórico e cultural da época não permite essa interpretação. Ele argumenta que se os autores bíblicos quisessem ser tentativos na descrição de eventos futuros, teriam usado termos que expressassem probabilidade.

A Importância do Tempo nas Profecias

Dominar o conceito de tempo dentro da Bíblia é essencial para entender a escatologia consumada, segundo Pimentel. Ele enfatiza que os textos relacionados ao tempo são os elementos mais importantes nas profecias bíblicas e que ignorá-los ou manipulá-los pode levar a interpretações errôneas.

A Eternização das Profecias

Ao adaptar os textos bíblicos das profecias da segunda vinda de Jesus através da Doutrina da Eminência, Pimentel argumenta que os intérpretes religiosos conseguiram eternizar essas profecias. Ele critica essa abordagem, afirmando que ela cria uma constante expectativa de um evento que nunca se concretiza.

Mateus 24:36 e a Doutrina da Eminência

Pimentel aborda Mateus 24:36, onde Jesus afirma que ninguém sabe o dia ou a hora de sua vinda. Ele argumenta que esse versículo está preso a um contexto histórico e cultural específico e que a Doutrina da Eminência distorce essa mensagem ao ignorar o contexto definido nos versículos anteriores, como os versículos 2 e 3, espinha dorsal de Mateus 24.

A Queda do Templo e os Sinais do Fim

Pimentel explica que o tempo definido para a vinda de Jesus, segundo Mateus 24, seria na queda do templo. Ele detalha como Jesus mostrou aos discípulos os sinais do fim, como terremotos, guerras e pestes, e como esses eventos de fato ocorreram naqueles dias, não se aplicando aos tempos modernos.

A Rejeição da Interpretação Literal

Muitos hoje rejeitam a interpretação literal do tempo dos textos bíblicos, criando doutrinas como a iminência que sugerem um fim a qualquer momento. Pimentel critica essa abordagem, afirmando que ela distorce a mensagem divina e ignora o contexto histórico e cultural das profecias.

A Necessidade de Sabedoria e Discernimento

Para Pimentel, é crucial buscar sabedoria e discernimento ao interpretar a Bíblia, prestando atenção aos textos relacionados ao tempo e ao contexto histórico das profecias. Ele adverte que ignorar ou manipular esses textos pode levar a interpretações errôneas e distorcer a mensagem divina.

Conclusão

Em sua crítica à Doutrina da Eminência, André Pimentel nos lembra da importância de uma interpretação bíblica que respeite o contexto histórico e cultural das profecias. Ele nos chama a uma compreensão mais profunda e fundamentada das Escrituras, para que possamos fortalecer nossa fé e evitar os erros das previsões apocalípticas modernas. Que possamos, assim, buscar o verdadeiro significado e propósito da Palavra de Deus, guiados por sabedoria e discernimento.

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