Por Que a Igreja Criou o Inferno Eterno?

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A passagem de Oséias 13:14 apresenta uma promessa de redenção onde Deus diz: “Eu os remirei da mão do inferno, e os resgatarei da morte…”. Esse texto tem sido frequentemente utilizado para afirmar que existe a possibilidade de salvação do inferno. No entanto, a doutrina tradicional do cristianismo, especialmente nas vertentes católica e protestante, não aceita essa tese, mantendo que, após a morte, o destino da alma está selado, sem a possibilidade de redenção do inferno.

Para compreender essa divergência, é necessário explorar o significado da palavra “inferno” no contexto cultural e histórico das escrituras. O termo original em hebraico, “Sheol”, refere-se mais ao mundo dos mortos ou à sepultura do que ao conceito de um inferno de tormento eterno, como popularizado pelo cristianismo tradicional. Na cultura judaica, o Sheol não era necessariamente um lugar de punição, mas simplesmente o destino de todos os mortos, justos e ímpios.

A palavra “inferno”, como é entendida hoje, foi moldada ao longo dos séculos, especialmente durante a Idade Média, quando a Igreja Católica incorporou e reinterpretou elementos de crenças pagãs, como o Hades grego, para reforçar a doutrina do inferno como um lugar de punição eterna. Essa doutrina serviu como um instrumento poderoso de controle, utilizando o medo para manter os fiéis sob a autoridade da Igreja.

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É importante notar que, ao comparar essa interpretação com outras passagens bíblicas, como em Eclesiastes 9:10, onde se afirma que “no Sheol, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma”, observa-se que a ideia de um inferno de tormento eterno não se alinha com a totalidade da mensagem bíblica. O próprio Jesus, ao utilizar o termo “Geena”, referia-se a um lugar específico fora de Jerusalém, utilizado para queimar lixo, e não a um lugar de punição eterna.

Dessa forma, a doutrina tradicional do inferno, como um lugar de tormento eterno, parece ser mais uma construção teológica do que uma verdade bíblica. Ao contrário, passagens como a de Oséias 13:14 sugerem que a redenção e o resgate da morte são possíveis, o que entra em choque com a doutrina estabelecida pela Igreja. Essa doutrina, ao longo dos séculos, foi utilizada para aprisionar as pessoas através do medo, uma estratégia que não se sustenta quando se considera o contexto cultural e histórico das escrituras hebraicas.

Convidamos todos os leitores deste artigo a aprofundarem ainda mais seus conhecimentos adquirindo o livro “A Doutrina do Inferno: Suas Manipulações e Mentiras no Sistema Religioso”, de André Pimentel, agora em sua aguardada segunda edição. Nesta obra reveladora, Pimentel expõe, com base em estudos históricos e bíblicos, como a doutrina do inferno foi manipulada ao longo dos séculos para servir aos interesses das instituições religiosas, oferecendo uma perspectiva que desafia as crenças tradicionais e convida à reflexão. Não perca a oportunidade de explorar essas verdades e libertar-se das correntes do medo religioso.

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