A Perseguição e o Evangelho do Fim do Mundo

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Ao analisarmos o sermão profético de Jesus em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21, fica evidente a postura crítica em relação à escatologia futurista do cristianismo tradicional. No contexto preterista, observamos que a perseguição anunciada por Jesus refere-se diretamente aos eventos históricos ocorridos no primeiro século.

Quando Jesus alertou sobre a perseguição que viria sobre os discípulos e os arrependidos em Israel, conforme Mateus 23:34, ele estava se referindo às ações violentas e sistemáticas dos judeus contra os primeiros cristãos. Esse comportamento culminou em uma maior culpabilidade para aquela geração, que acumulou sobre si a responsabilidade pelos pecados de seus antepassados, como evidenciado em Mateus 23:31-32.

As Escrituras mostram claramente que os judeus daquela época perseguiram os seguidores de Cristo, aumentando a hostilidade e seguindo falsos profetas. Isso se manifestou em inúmeras formas de violência e oposição, conforme documentado no livro de Atos e nas epístolas de Paulo. O sofrimento dos cristãos do primeiro século foi, sem dúvida, um cumprimento das profecias de Jesus sobre a perseguição.

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Jesus também previu que, em meio a essa perseguição, ocorreria a vinda do Filho do Homem, uma referência que muitos estudiosos preteristas interpretam como o cerco romano de Jerusalém em 70 d.C. Nesse cenário, a salvação prometida por Jesus é entendida como a preservação espiritual daqueles que perseveraram na fé, mesmo diante da destruição iminente.

O sermão profético também destaca a pregação do evangelho em todo o mundo habitado na época, o Império Romano, como cumprimento de Mateus 24:14. A palavra “oikumene” é essencial para entender que Jesus estava se referindo ao mundo conhecido e habitado naqueles dias, e não ao planeta inteiro como muitas interpretações modernas sugerem.

As epístolas de Paulo corroboram essa visão ao afirmar que o evangelho foi, de fato, pregado a todas as nações do Império Romano. Referências em Colossenses, Romanos e Atos mostram que a fé cristã se espalhou amplamente, cumprindo a profecia de Jesus.

Concluo, portanto, que a interpretação preterista oferece uma compreensão historicamente consistente dos eventos proféticos descritos por Jesus. Essa visão crítica da escatologia futurista tradicional nos convida a reavaliar as expectativas escatológicas contemporâneas, reconhecendo que muitas das profecias já se cumpriram no contexto do primeiro século. Assim, ao invés de esperar uma intervenção divina futura, somos chamados a viver e manifestar o evangelho no presente, como verdadeiros agentes da transformação divina no mundo.

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