A Aparição de Cristo em 70 d.C.

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Na minha jornada de estudo sobre a Parusia e a Segunda Vinda de Cristo, gostaria de compartilhar uma reflexão profunda sobre os eventos que ocorreram durante a Guerra Judaica e sua ligação com a vinda apocalíptica de Cristo em 70 d.C.

A Parusia Durante a Guerra Judaica

Em 70 d.C., Jesus veio nas nuvens para julgar Jerusalém, liderando um exército invasor durante a Guerra Judaico-Romana. No entanto, a presença de Cristo era invisível, ocultada pelo brilho de Sua glória, mascarado pelas nuvens. Esse fenômeno não é isolado, sendo comum nas Escrituras Hebraicas, onde Deus frequentemente aparece em meio a nuvens escuras e tempestades durante atos de julgamento, como descrito em 2 Samuel 22:8-15 e Salmo 18:6-16.

As Semelhanças Bíblicas

Essa vinda de Cristo é comparável às manifestações de Deus descritas pelos profetas hebreus. Em Atos 1:9-11 e Apocalipse 11:12, encontramos paralelismos impressionantes que sugerem uma continuidade nas manifestações divinas. Em Atos, Cristo é elevado às alturas e ocultado por uma nuvem. Da mesma forma, em Apocalipse, as duas testemunhas sobem ao céu em uma nuvem, enquanto seus inimigos observam. Isso levanta a questão: Cristo foi visto antes dessa vinda apocalíptica? A análise das escrituras sugere que sim, mas de forma simbólica e oculta.

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A Segunda Vinda e as Duas Testemunhas

Existem evidências bíblicas e históricas sugerindo que o Cristo ressuscitado pode ter retornado em carne para profetizar durante três anos e meio, desde o início da Guerra Judaica até o cerco de Jerusalém, através das duas testemunhas. Em Apocalipse 11:4, as duas oliveiras e os dois candelabros são descritos como um só homem, sugerindo uma unificação simbólica que aponta para Cristo. Hebreus 5:10 reforça essa ideia, apresentando Jesus como sumo sacerdote na ordem de Melquisedeque, tanto rei quanto sacerdote.

A Visão de Flávio Josefo e as Teofanias

Flávio Josefo, um historiador contemporâneo dos eventos, descreve fenômenos naturais, como nuvens escuras e tempestades, coincidindo com a chegada do exército romano. Isso ecoa as teofanias do Antigo Testamento, onde Deus aparece em meio a nuvens literais, ocultando Sua glória. Exemplos disso são encontrados em Salmos 68:7-14 e Joel 2:1-11, onde Deus lidera Seu exército conquistador sob a cobertura de nuvens.

A Linguagem Simbólica e a Cultura Bíblica

A Parusia de Cristo em 70 d.C. não foi apenas uma linguagem apocalíptica vazia. Embora Cristo não tenha sido visivelmente observado, Sua presença foi marcante, simbolizada pelas nuvens de tempestade. Muitos preteristas argumentam que “vir nas nuvens do céu” é uma expressão simbólica, mas a análise bíblica sugere que essas nuvens são literais, conhecidas como a “nuvem de glória”, como em Êxodo 40:34-38.

Conclusão

Ao concluir esta reflexão, percebo que a análise dos registros bíblicos e históricos multifacetados sugere que Cristo pode ter retornado na carne durante a Guerra Judaica. As duas testemunhas, simbolizadas como rei e sumo sacerdote, podem representar Cristo, dividindo Seu ministério em dois períodos de três anos e meio. Essa compreensão é enriquecida pelas teofanias do Antigo Testamento, ilustrando as manifestações de Deus entre nuvens literais.

A visão tradicional do cristianismo frequentemente questiona a visibilidade da Parusia, mas a cultura bíblica e os exemplos nas Escrituras indicam que a presença divina pode ser ocultada por nuvens de tempestade. Explorando essas perspectivas, alcançamos uma compreensão mais profunda da Parusia de 70 d.C. e suas nuances simbólicas.

Explorando os Elementos Simbólicos

Continuando minha reflexão, vamos explorar mais profundamente alguns dos elementos simbólicos e históricos mencionados anteriormente.

A Manifestação de Cristo nas Nuvens

A presença de Cristo durante a destruição de Jerusalém em 70 d.C. foi um evento que marcou a história. O fato de Sua manifestação ser invisível aos olhos humanos, mas perceptível através de sinais e fenômenos naturais, reforça a ideia de uma intervenção divina indireta. A nuvem de glória que oculta a figura de Cristo é uma metáfora poderosa, refletindo a maneira como Deus se manifestou no passado, conforme registrado nos textos hebraicos.

As Testemunhas e a Representação de Cristo

A interpretação das duas testemunhas como sendo Cristo encarnado apresenta uma visão intrigante e desafiadora. Em Apocalipse 11:4, a descrição das duas oliveiras e dos dois candelabros como um só homem, ressoa com a figura de Jesus, que, segundo Hebreus 5:10, é tanto sumo sacerdote quanto rei, seguindo a ordem de Melquisedeque. Essa unificação de papéis reforça a singularidade e a importância de Cristo em ambos os reinos espiritual e terreno.

A Tempestade como Símbolo da Presença Divina

Os eventos climáticos descritos por Flávio Josefo, como a tempestade que acompanhou a chegada do exército romano, são vistos não apenas como fenômenos naturais, mas como sinais da presença divina. A descrição das nuvens escuras e tempestades no contexto da Parusia ecoa as manifestações de Deus no Antigo Testamento, onde a presença divina era frequentemente acompanhada por fenômenos naturais dramáticos.

O Significado das Teofanias

As teofanias, ou aparições de Deus, são momentos cruciais que ilustram a interação direta entre o divino e o humano. A presença de Deus nas nuvens, como visto em Êxodo 40:34-38 e no Monte da Transfiguração em Lucas 9:34-36, mostra como Deus se revela de maneira tangível, ainda que parcialmente oculta, para guiar e proteger Seu povo. Esses eventos são paralelos à vinda de Cristo em 70 d.C., onde Sua presença, embora não visível, foi poderosa e transformadora.

Conclusão

Ao refletirmos sobre a Parusia de Cristo em 70 d.C., somos levados a uma compreensão mais rica e simbólica da intervenção divina na história humana. As manifestações de Deus através de nuvens literais e simbólicas mostram uma continuidade na maneira como o divino interage com o mundo, reforçando a mensagem de julgamento e redenção.

A análise dessas perspectivas nos permite apreciar a profundidade das escrituras e o significado dos eventos históricos, oferecendo uma visão mais completa e enriquecedora da fé cristã.

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