Separando as Vinda de Cristo

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Ao longo dos anos, fui frequentemente questionado sobre a metodologia hermenêutica que utilizo para criticar o dispensacionalismo. Meus críticos pedem que eu explique por que não aplico a mesma abordagem a diversas passagens bíblicas. Minha resposta é que o foco deve ser a consistência. Em conversas que tenho com amigos sobre o tema, minha solicitação é sempre que se concentrem nas Escrituras, ao invés de desqualificar opiniões divergentes como heréticas. O objetivo é tratar as perguntas com seriedade e responder de forma consistente, sem recorrer ao rótulo de heresia.

Recentemente, recebi e-mails de alguns amigos que exigiam respostas específicas para questões teológicas. A mensagem era direta: ou eu confirmava minhas crenças ou seria condenado como herético. Esse cenário não é novo para mim, pois já enfrentei essas acusações antes. A razão para minha hesitação em confirmar as questões foi minha consciência das armadilhas presentes nas passagens frequentemente usadas. Meu desejo era receber versículos claros e diretos que abordassem as perguntas, mas em vez disso, recebi referências a credos e confissões.

Quando sou solicitado a afirmar algo, sempre peço um versículo claro que sustente a afirmação. Para questões como a divindade de Cristo, versículos diretos como João 1:1 e João 1:14 são frequentemente utilizados. Esses versículos são claros e não deixam espaço para dúvida. No entanto, para outras questões, os versículos fornecidos nem sempre são tão conclusivos. Isso gera uma dificuldade em alinhar a interpretação com a base bíblica sólida.

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A confusão atual sobre escatologia pode ser atribuída à falta de distinção entre passagens relacionadas a eventos de uma geração específica e a vinda futura de Cristo. A questão central é como separar essas duas vindas de forma eficaz. Apesar de a expressão “segunda vinda” não estar explicitamente na Bíblia, Hebreus 9:28 refere-se a uma segunda vinda, o que levanta debates sobre seu significado.

O desafio é identificar quais passagens se referem à destruição de Jerusalém em 70 d.C. e quais se referem a um evento futuro. A análise dos credos históricos, como o Niceno e o Apostólico, mostra que há uma falta de clareza quanto aos versículos usados para apoiar essas declarações. Esse vazio é um ponto crítico para aqueles que buscam uma compreensão mais profundo da escatologia.

Minha abordagem sempre foi buscar passagens bíblicas específicas que sustentem as afirmações teológicas. Em vez de recorrer a tradições ou doutrinas estabelecidas, minha intenção é analisar diretamente os textos bíblicos e entender seu contexto. Muitas vezes, as respostas que recebo não são satisfatórias porque não se baseiam em textos claros e diretos.

A inconsistência nas interpretações e a falta de respostas claras são fontes significativas de confusão teológica. Ao examinar escritos históricos, como os de Cirilo de Jerusalém, observo que as passagens usadas para justificar o julgamento futuro podem também se referir a eventos passados, como a destruição de Jerusalém. Essa complexidade revela a necessidade de uma análise mais aprofundada dos textos.

Passagens como Mateus 16:27-28, que parecem referir-se a uma vinda futura, são interpretadas de maneiras diferentes. Para alguns, essas passagens se referem a eventos futuros, enquanto para preteristas, elas se aplicam a eventos de 70 d.C. A interpretação dessas passagens mostra como as visões podem variar e como é importante considerar o contexto para entender corretamente os textos.

A busca por uma interpretação consistente e fundamentada nas Escrituras é essencial para resolver essas questões teológicas complexas. Minha abordagem é guiada pelo desejo de encontrar respostas claras e bem fundamentadas, que se baseiem na análise direta dos textos bíblicos. Em vez de aceitar declarações doutrinárias sem questionamento, procuro entender o significado das passagens e como elas se aplicam ao contexto histórico e teológico.

Portanto, minha preocupação principal é garantir que a interpretação bíblica seja consistente e esteja ancorada em uma base sólida. A análise cuidadosa das Escrituras e a consideração do contexto histórico são fundamentais para alcançar uma compreensão mais precisa e completa das questões teológicas. Ao fazer isso, espero contribuir para um debate mais claro e informativo sobre a escatologia e outras questões teológicas importantes.

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