Introdução
Saudações a todos os amigos e irmãos na graça e na paz de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que vive e reina para sempre. Hoje, vamos abordar um tema complexo e fascinante: a distinção entre o Reino Milenar, o Reino Eterno e o impacto da destruição de Jerusalém em 70 d.C. Este assunto é central para a eschatologia bíblica e crucial para o entendimento correto das Escrituras.
Separação entre o Reino Milenar e o Reino Eterno
É essencial compreender que o Reino Milenar e o Reino Eterno de Deus são conceitos distintos. Muitos tendem a unificar essas ideias, mas a Bíblia apresenta uma clara separação entre eles. O Reino Milenar, mencionado em Apocalipse 20:6, refere-se a um período simbólico de mil anos que ocorreu entre a morte e a ressurreição de Cristo até 70 d.C. Durante esse tempo, os santos do primeiro século reinaram com Cristo.
“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes a segunda morte não tem poder; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos.” (Apocalipse 20:6)
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A Vinda de Cristo e o Ano 70 d.C.
A destruição de Jerusalém em 70 d.C. marcou uma transição importante no plano divino, mas não o fim do Reino de Cristo. De acordo com Apocalipse 11:15, o reino do mundo tornou-se o reino de nosso Senhor e de Seu Cristo, que reinará para sempre.
“E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.” (Apocalipse 11:15)
Jesus veio nas nuvens do céu, estabelecendo justiça e trazendo um novo pacto, substituindo o antigo.
A Ressurreição e a Expansão da Igreja
A ressurreição de Jesus é um evento central que fortaleceu a fé dos primeiros cristãos e impulsionou a expansão do evangelho. Após a ressurreição, os discípulos espalharam a mensagem de Cristo por todo o mundo, conforme descrito por Paulo em Efésios 1:3.
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.” (Efésios 1:3)
Perseverança na Perseguição
Os primeiros cristãos enfrentaram intensa perseguição, mas sua fé nas promessas eternas de Cristo os manteve firmes. Eles compreenderam que eram herdeiros das bênçãos celestiais e que a ressurreição de Cristo garantiu a vitória sobre a morte e a promessa de um reino eterno.
“Graças, porém, a Deus que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.” (2 Coríntios 2:14)
Mudança de Pacto
A queda de Jerusalém simbolizou a transição do antigo pacto para um novo, onde o Reino de Deus é eterno e não limitado a um período específico. Este evento marcou o fim do sistema sacrificial do templo e a confirmação do novo pacto em Cristo.
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça sois salvos — e juntamente com ele nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.” (Efésios 2:4-6)
Conclusão
A escatologia bíblica deve ser compreendida como uma transição de pactos e não como um evento cósmico de destruição da Terra. A vinda de Cristo em 70 d.C. marcou o estabelecimento do Reino Eterno, um reino que transcende o tempo e se estende para sempre. Entender esta distinção nos ajuda a apreciar a profundidade e a beleza do plano redentor de Deus para a humanidade.