As Obras de Cristo Que o Cristianismo Ignorou

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Certa vez, enquanto observava o céu ao entardecer, lembrei-me de um momento marcante da minha infância. Era um daqueles dias em que as nuvens pesadas anunciavam a chegada de uma tempestade. Mas, em vez de medo, sentia uma estranha paz. Eu estava com meu avô, um homem de profunda fé, que apontava para o horizonte e me dizia: “Mesmo quando não podemos ver, Deus está sempre presente, trabalhando em silêncio”. Essas palavras ficaram gravadas em minha mente e, ao longo dos anos, encontrei nelas consolo e compreensão sobre os mistérios espirituais que nem sempre são visíveis aos olhos humanos.

Naquela época, eu não compreendia a profundidade do que ele dizia. Mas hoje, ao refletir sobre o retorno invisível de Cristo e a forma como as Escrituras revelam sua presença contínua no mundo, entendo que aquela simples lição estava cheia de sabedoria. O invisível não é menos real, e muitas vezes, o que não podemos ver com os olhos físicos é o que transforma o nosso espírito.

Essa lembrança pessoal me ajuda a entender o que o retorno invisível de Cristo realmente significa. Não é algo que devemos esperar de forma literal, como muitos imaginam, mas sim uma manifestação espiritual que já ocorreu e continua a se manifestar entre nós, trazendo renovação e julgamento invisíveis, mas poderosos.

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Desde tempos imemoriais, o homem tem buscado respostas para questões profundas sobre o fim dos tempos e o retorno de Cristo. O conceito de “Parousia”, ou a segunda vinda de Cristo, tem sido debatido por teólogos, estudiosos e crentes ao longo dos séculos. Este artigo pretende explorar essa questão com base em uma análise cuidadosa das Escrituras e na forma como elas devem ser interpretadas para enfrentar os desafios modernos da fé.

Ao longo da história, a fé cristã sempre esteve no centro de debates filosóficos e religiosos. Um dos principais pontos de controvérsia envolve a promessa de Cristo sobre seu retorno. Muitos críticos argumentam que Jesus, ao prever sua volta no primeiro século, falhou em cumprir essa promessa. Contudo, é necessário compreender que as profecias bíblicas devem ser lidas com discernimento e profunda reflexão teológica, para que possamos compreender a verdadeira natureza do que foi dito.

O Retorno Invisível

No Evangelho de João, capítulo 10, versículo 37, Jesus desafia seus ouvintes: “Se não faço as obras de meu Pai, não acreditem em mim”. Esta passagem reflete a essência de sua missão na Terra – demonstrar através de suas ações a verdade de suas palavras. No entanto, quando Ele prometeu retornar, não estava falando de um evento físico e literal como muitos céticos interpretam, mas de uma manifestação espiritual que seria testemunhada de formas não convencionais.

Há uma percepção errada entre muitos que esperam um retorno físico e visível de Jesus em um futuro distante, envolvendo eventos catastróficos e o fim literal da história humana. No entanto, ao analisar as Escrituras com mais profundidade, podemos ver que o conceito de “Parousia” deve ser entendido de forma metafórica e espiritual. Em vez de uma volta física, o retorno de Cristo já ocorreu de maneira invisível, manifestando-se na história e na vida dos crentes.

Um Desafio Para os Crentes

É necessário que os crentes estejam preparados para responder às críticas daqueles que acreditam que as profecias de Jesus falharam. O Islã, por exemplo, apresenta uma visão de Jesus como um profeta respeitado, mas ao mesmo tempo o considera um falso profeta quando afirmam que Ele não retornou como prometido. Há, no entanto, uma contradição evidente nessas acusações. Se Jesus é um profeta de Deus, como pode ser ao mesmo tempo um falso profeta?

A resposta está no entendimento correto das promessas de Cristo. O retorno prometido não era o fim do mundo físico, mas o fim de uma era espiritual e religiosa, e esse evento já aconteceu. Essa interpretação está em harmonia com os ensinamentos de Jesus e com o que vemos em outras partes das Escrituras.

A Natureza do Retorno

Quando olhamos para passagens como Isaías 26, encontramos referências à ressurreição e ao julgamento, mas esses eventos são descritos de maneira simbólica. O texto fala de corpos mortos ressuscitando, mas não no sentido literal que muitos assumem. Em vez disso, é uma imagem de renovação espiritual, onde os justos serão recompensados e os ímpios, punidos.

Esse julgamento espiritual é algo que ocorre de maneira invisível, no coração da humanidade e nas nações ao longo da história. O retorno de Cristo foi invisível aos olhos físicos, mas evidente para aqueles que compreendem as Escrituras e têm olhos para ver os sinais espirituais de sua presença.

Interpretando os Sinais

Muitos estudiosos têm dificuldade em aceitar a ideia de um retorno invisível porque estão presos a uma visão literalista das Escrituras. No entanto, a Bíblia frequentemente usa linguagem simbólica para descrever eventos espirituais profundos. Quando Jesus falou de sua vinda nas nuvens ou da destruição dos céus e da terra, Ele estava usando imagens que seriam compreendidas pelos ouvintes da época, mas que precisam ser interpretadas corretamente nos dias de hoje.

Os eventos descritos na Bíblia, como o julgamento de nações e a destruição de impérios, muitas vezes são associados à “vinda do Senhor”. No entanto, esses eventos não devem ser entendidos como a destruição literal do mundo físico, mas como o fim de sistemas corruptos e o estabelecimento do reino de Deus na terra, de forma invisível e contínua.

Um Retorno Espiritual

Ao longo das Escrituras, vemos que o “dia do Senhor” é frequentemente associado a julgamentos sobre nações específicas, como o uso de Nabucodonosor para punir Israel. Essas ações eram interpretadas como a intervenção divina na história, mas não envolviam um retorno físico de Deus à Terra. Da mesma forma, o retorno de Cristo no primeiro século foi um evento espiritual, que marcou o fim de uma era e o início de uma nova aliança entre Deus e a humanidade.

O Desafio Moderno

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Hoje, mais do que nunca, os crentes enfrentam o desafio de responder aos céticos e descrentes que apontam para a aparente falha de Jesus em retornar. No entanto, quando compreendemos corretamente as Escrituras, podemos ver que Ele já cumpriu sua promessa. O retorno invisível de Cristo já aconteceu, e continua a se manifestar no mundo de maneiras sutis e espirituais.

Os ateus e críticos que argumentam que Jesus falhou em cumprir sua promessa estão presos a uma interpretação literalista que ignora o profundo significado espiritual das palavras de Cristo. Eles esperam um evento físico e grandioso, mas falham em perceber que o verdadeiro retorno de Cristo já ocorreu de maneira invisível, trazendo julgamento e redenção ao mundo.

O Papel dos Crentes

Os crentes devem estar preparados para defender sua fé com conhecimento e entendimento. A chave para isso está em compreender a natureza simbólica e espiritual do retorno de Cristo e como esse evento já moldou a história da humanidade. O retorno invisível não é uma falha, mas o cumprimento de uma promessa que continua a se manifestar na vida dos fiéis.

Quando entendemos que o retorno de Cristo foi um evento espiritual, podemos ver a profundidade das Escrituras e como elas falam diretamente ao coração de cada crente. O reino de Deus já está entre nós, e o retorno de Cristo continua a guiar aqueles que têm fé.

Conclusão

O retorno invisível de Cristo é um tema profundo e desafiador, mas quando abordado com entendimento e discernimento, revela a verdadeira natureza do plano de Deus para a humanidade. Não estamos esperando um evento futuro e catastrófico, mas reconhecendo que Cristo já retornou, e sua presença continua a guiar o mundo de forma espiritual e invisível. O desafio para cada um de nós é viver à luz dessa realidade, defendendo nossa fé contra os céticos e permanecendo firmes na promessa de Cristo.

Veja o Vídeo no YouTube onde abordo esse tema:

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