O capítulo 9 do Apocalipse, com suas imagens simbólicas e visões apocalípticas, é analisado pelo preterismo completo como uma representação dos eventos históricos que culminaram na destruição de Jerusalém em 70 d.C. Essa interpretação considera que todas as profecias do Apocalipse foram cumpridas no primeiro século. Abaixo, exploramos as trombetas e seu significado no contexto preterista.
As Trombetas e o Juízo Divino
As trombetas do Apocalipse são entendidas como sinais de advertência e juízo divino contra Israel por rejeitar o Messias. No capítulo 9, temos a quinta e sexta trombetas, que introduzem elementos simbólicos ligados à queda de Jerusalém e à transição da Antiga para a Nova Aliança.
A Quinta Trombeta: O Poço do Abismo e os Gafanhotos
Texto Base: Apocalipse 9:1-11 descreve uma estrela caindo do céu e abrindo o poço do abismo, de onde emergem gafanhotos com poderes destrutivos.
O Apocalipse de Pedro, Uma Escatologia Consumada
Céus e Terra se Queimando é um estudo aprofundado da Bíblia, que desvenda os mistérios da Segunda Carta de Pedro, capítulo 3, versos 7 a 13. Ao contrário das interpretações tradicionais que pregam o fim do mundo e a destruição da Terra, esta obra oferece uma nova perspectiva, explorando o contexto histórico e cultural em que a carta foi escrita. Descubra como os eventos descritos por Pedro se relacionam com a destruição de Jerusalém em 70 d.C., e como a "vinda do Senhor" se refere à transição da antiga aliança para a nova era da graça. (134 págs.)
Valor: R$ 65,00
Interpretação Preterista
- A estrela que cai: Simboliza um mensageiro de Deus trazendo juízo, possivelmente um evento histórico como a perda de liderança espiritual em Israel.
- O poço do abismo: Representa a abertura para o caos e a desgraça, que recaiu sobre Jerusalém durante o cerco romano.
- Gafanhotos: Esses seres são vistos como uma representação simbólica dos exércitos romanos e seus aliados, que trouxeram destruição semelhante às pragas descritas em Joel 2.
O Rei dos Gafanhotos: O nome Abadom (em hebraico) ou Apoliom (em grego) significa “destruidor” e pode ser associado a lideranças malignas que guiaram os eventos destrutivos contra Jerusalém.
A Sexta Trombeta: Os Cavaleiros do Eufrates
Texto Base: Apocalipse 9:13-21 relata a libertação de quatro anjos atados no rio Eufrates, que lideram um exército de 200 milhões de cavaleiros, trazendo morte a um terço da humanidade.
Interpretação Preterista
- Os anjos presos: Representam os poderes de destruição contidos por Deus até o momento determinado. Esses anjos podem simbolizar as forças que culminaram no cerco de Jerusalém.
- O Eufrates: Um marco histórico, indicando a origem de muitas ameaças ao Israel antigo. Neste contexto, simboliza a área de onde partiram os exércitos invasores.
- O exército de cavaleiros: A descrição apocalíptica desses cavaleiros enfatiza a magnitude do cerco romano e os horrores sofridos pelos habitantes de Jerusalém.
A Falta de Arrependimento
O capítulo conclui com uma declaração de que a humanidade, mesmo diante desses juízos, não se arrependeu de suas práticas idólatras e imorais (Ap 9:20-21). No contexto preterista, isso reflete a recusa dos líderes judeus em reconhecer Jesus como o Messias, o que levou ao fim da antiga ordem religiosa.
Referências Históricas
- O Cerco de Jerusalém (66-70 d.C.): O ataque liderado por Tito Flávio Vespasiano foi um evento cataclísmico, marcado por fome, morte e destruição. Isso está alinhado à destruição descrita nas trombetas.
- Os Zelotes e a Guerra Judaica: Facções internas em Israel intensificaram o caos, refletindo o simbolismo do “abismo” e das “forças malignas”.
Lições Teológicas
- Juízo Cumprido: O capítulo 9 não aponta para eventos futuros, mas para o cumprimento das profecias em 70 d.C.
- Soberania Divina: Deus estava no controle, permitindo que os juízos ocorressem como consequência do pacto quebrado.
- Chamado ao Arrependimento: A mensagem permanece relevante: reconhecer Jesus como Senhor e viver em fidelidade à Nova Aliança.
O capítulo 9 de Apocalipse, lido sob a ótica preterista completa, é um testemunho do juízo divino realizado na história e um lembrete para que nos voltemos a Deus com corações arrependidos e fiéis.
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